sexta-feira, 24 de julho de 2009

Arraial do Cabo X Búzios 02


Chegar em Búzios foi um alívio. Da escuridão de uma estrada perigosa para uma cidade amiga da bike. As ruas são bem tranquilas e nas poucas grandes avenidas com muito movimento de carros, há ciclofaixas a disposição do ciclista. Passeamos pela cidade toda para chegar numa das ruas mais chiques do lugar onde amarramos nossas bikes numa grande árvore em uma esquina de grande movimento. Fomos jantar. YES!!!!!! Optamos por um restaurante conhecido no lugar e onde servia-se bons vinhos. Escolhemos um Malbec argentino de excelente custo-benefício e pedimos uma picanha para duas pessoas. Sim, amigos: picanha! e farofa e arrozinho e batata... ai ai... Pena que em um blog sobre bicicletas não caiba entrar em mais detalhes. Mas posso dizer que é ótimo comer sem culpa depois de uma cicloviagem dessas.
Ao término do jantar passeamos mais um pouquinho pela cidade, fizemos umas comprinhas e fomos atrás de uma pousada. Eram mais ou menos 21h, começava a garoar e a ficar mais frio.
No centrinho de Búzios muitas pousadas já estavam lotadas e eram caras. Mas como estávamos de bike saímos um pouquinho do centro (5 min de bicicleta) e encontramos uma pousadinha muito simpática, bem cuidada, e com ar-condicionado, banho quente, TV e café da manhã incluído. R$ 70,00 o casal. Na pousada pudemos estacionar as bikes em local seguro. Não temos fotos da pousada porque a câmera estava completamente sem bateria desde o restaurante.
No outro dia acordamos por volta das 10h da manhã.
O dia estava nublado e chuviscando um pouco. Na madrugada havia chovido bastante segundo me relatou a dona da pousada. Nós não ouvimos nada. Havíamos dormido como os justos! Tomamos nosso café da manhã, sem pressa, curtindo a vista sensacional que você tem do restaurante da pousada. E não tiramos fotos porque ninguém quis descer pro quarto pra pegar a câmera e também para ter uma boa desculpa pra voltar ali.
A volta foi tranquila e feita inteiramente a luz do dia. Não choveu em momento algum e o sol apareceu por entre as nuvens brindando-nos com belas paisagem e ao mesmo tempo sem torrar nossas cabecinhas.
Foi uma viagem para não esquecer e que iremos repetir.

Acesse aqui as fotos do passeio.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

ARRAIAL DO CABO_BÚZIOS_01









Sexta-feira à noite resolvemos, assim, de repente, fazer uma viagem. Por acaso, eu e minha mulher, iríamos trabalhar no fim-de-semana e mais por acaso ainda fomos ambos liberados do batente. Chegando em casa e descobrindo esta feliz e rara coincidência resolvemos ir para Arraial do Cabo e, pela primeira vez, levamos nossas bicicletas.
Já eram sete horas da noite quando resolvemos ir. E tínhamos um problema. Como levar as bikes? tentei achar uma bicicletaria aberta e havia uma no Norteshopping. Eles tinham aquele suporte para carro que leva duas bicicletas mas disseram que não é reconhecido pelo DETRAN e que um guarda rodoviário poderia encrencar. O que é reconhecido pelo DETRAN é o de teto e custa em torno de R$ 700,00. Ainda vou checar melhor estas informações e em breve farei destes bagageiros tema de um post próprio.
Como não dava pra arrumar um bagageiro para bikes a tempo, decidimos levá-las dentro do carro retirando as rodas da frente. O carro é uma UNO e tem cilindro de gás. Deitamos o banco traseiro e com algum malabarismo conseguimos enfiar as duas lá dentro, tentando proteger as partes mais sensíveis das bicicletas.
Quando enfim terminamos tudo fomos comer alguma coisa na feirinha "junina" aqui no Largo do Machado e encontramos uns amigos com quem gastamos um tempinho. Saímos do Rio às 22h rumo a Arraial do Cabo onde chegamos um pouco antes da 1h da manhã de sábado. Até dormir, levamos um bom tempo.
Nossa intenção era levantar às 10h da manhã mas ninguém abriu os olhos antes das 11h e 30min. Conseguimos sair para passear por volta de meio dia e meia, o sol estava alto e forte e demos graças a Deus de ser inverno, se fosse verão não conseguiríamos pedalar a esta hora.
Tínhamos uma meta ousada: Búzios. Ousada não pela distância em si mas pela total falta de conhecimento do caminho e mesmo de experiência em cicloviagens.
Nos mapas turísticos vimos que de Arraial até cabo Frio e de lá a Búzios andaríamos em torno de 35km. Mas os mapas não contam a quilometragem dentro das cidades o que com certeza aumentaria bastante esta distância. Também não conhecíamos o caminho, ou que estradas pegar. Usaríamos o bom senso, e a boca para chegarmos bem.
Partimos. E pegando a estrada de Arraial para Cabo Frio resolvemos parar para pedir informações na saída da cidade no posto de informações para turistas de Arraial. A simpática moça que nos atendeu não sabia dizer qual era o melhor caminho para as bicicletas, nem se havia ciclovias por Cabo Frio. Só sabia que Búzios era muuuuuito longe e que éramos malucos de ir de bicicleta. O guarda que fazia a segurança do local endossou as palavras da moça. Depois de ouvir todos estes incentivos decidimos seguir viagem.
A estrada que liga Arraial a Cabo Frio é linda. Passamos ao lado das dunas e de imensas áreas vazias. Há recantos escondidos para quem passa pela estrada como uma Lagoa imensa e localizada juntinho ao mar numa área ainda muito bem preservada. Foi lá que paramos, descansamos e fizemos algumas fotos.
Em Cabo Frio depois de passar pelo Parque das Dunas, seguimos pela orla passando pela praia do Forte e indo em direção ao centro onde tomamos um fantástico açaí com granola e compramos energéticos em gel que havíamos esquecido de levar. De lá atravessamos a ponte sobre o canal, rumo a Búzios e fomos perguntando qual seria o melhor caminho para lá. Nos indicaram um caminho que passava por dentro dos subúrbios da cidade e que tem uma ciclofaixa imensa muito utilizada pelo povo. Começava a escurecer. Eu fiquei meio preocupado mas a Pat me convenceu a continuar. Pegamos a estrada nova para Búzios e no meio dela a escuridão era total. Ficamos meio apreensivos mas seguimos em frente. No caminho pedimos informações a uma mulher. Ela disse para tomarmos cuidado porque ali havia muitos assaltos e não era bom circular de noite. Mas que Búzios estava chegando e não valia a pena retornar. Seguimos. Deste ponto em diante a estrada ficou realmente perigosa. Escura, de mão-dupla, sem acostamento e esburacada, ali realmente corremos risco e não aconselho ninguém a tentar a façanha.
Mas então... Búzios apareceu.
Amanhã eu conto como foi a segunda parte deste road post.

EXPERIMENTE!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quinta da boa-vista II - Museu Nacional

Sábado foi dia de passeio carioca. Estávamos muito querendo voltar à Quinta da Boa Vista. Não visitava aquele museu desde a infância.
A ida foi bem tranquila. O caminho foi o mesmo feito no outro passeio. Se você quiser visualizar o mapa e as fotos desta primeira ida à Quinta, clique aqui. Apesar das ruas do centro não estarem fechadas no sábado não tivemos problemas com o trânsito. Econtramos nossa amiga Aline no "Bar das Quengas" na Lapa e seguimos de lá em três até São Cristovão.

A Quinta da boa-vista é amiga do bicicletista e na entrada do museu há um estacionamento perfeito para bicicletas: seguro, conservado e num lugar bem exposto às pessoas que circulam pelo parque. Deixamos as três bicicletas ali bem amarradinhas e fomos visitar o museu. O Museu Nacional está em reformas com apenas uma pequena parte do acervo em exposição e muitas salas fechadas à visitação. Um cartaz na entrada explica este fato ao público, pede desculpas e ainda conta a história triste de abandono do museu que só no início desta década conseguiu financiamento público para voltar a respirar.
Mesmo assim para visitá-lo inteiro gastamos mais de duas horas. São mais de três mil peças em exposição Apesar de estar situado no que foi o palácio real da monarquia brasileira, o museu não tem isso como temática. Toda a história da família imperial se concentra no Mueseu Imperial de Petrópolis. Ali, na quinta, temos um museu de antiguidades principalmete gregas e egípcias e também acervos nas áreas de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia. Do Antigo Egito temos inclusive duas múmias. Há também fósseis de dinossauros das américas e toda uma reconstrução de como seria a nossa América do Sul no tempo dos lagartões. Fósseis e reproduções dos primeiros hominídeos sul americanos também estão por lá e toda a explicação das teorias de ocupação humana das américas. Exemplares da fauna brasileira também habitam o lugar devidamente empalhados. Há uma seção só para a explicação sobre meteoritos, o que são, como caem na Terra e quais os mais famosos encontrados. Na entrada há um meteorito gigantesco. Esse meteorito e as múmias eram as únicas coisas que eu lembrava da visita anterior ao lugar ainda na minha infância.
O ingresso para o Museu Nacional custa míseros três reais, a inteira! É um programa bom de se fazer quando se quer gastar muito pouco. E vale muito a pena conhecê-lo.
Depois do museu fomos para um dos imensos gramados da Quinta e fizemos nosso pequenique. Como estávamos às margens do lago, uma família de patos resolveu lanchar conosco e ganharam uns pedaços de pão integral. Ficamos ali nós e os patos, conversando, comendo e observando as famílias se divertirem na canoagem no lago. Sim, agora existe canoagem na Quinta. Mas a canoagem ficou para o próximo passeio.

EXPERIMENTE!
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segunda-feira, 6 de julho de 2009

A Renata me viu!!!

Mandei um e-mail para Renata Falzoni e ela me respondeu!!!! A Renata é talvez a maior cicloativista brasileira. Pioneira, já nos anos 80 incentivava o uso da bicicleta como meio de transporte e organizava campeonatos de Mountain Bike quando isso ainda era uma novidade completa. Hoje ela tem um programa na ESPN sobre bicicletas e afins. Quem não a conhece entre no blog dela através do link aqui ao lado e divirta-se. Embaixo segue o e-mail que ela me mandou. Para o bicicletista Paulo é mais ou menos como se a Fernanda Montenegro escrevesse um e-mail elogiando o trabalho do ator Paulo. O Bicicletista está orgulhoso!

Paulo:

Adorei seu blog!

E peço desculpas por demorar tanto tempo para vê-lo.

Bike fobia é isso mesmo que vc descreveu.

O não pelo não, o medo da bicicleta.

Mas a real é que a bicicleta é associada a "coisa de pobre", e pobre é repelido nesse país!

Bom, mas o Thiago Benicchio do www.apocalipsemotorizado.net fala da "ágora fobia" que é o medo que o paulistano (não o carioca) tem por lugares abertos e daí o nosso trânsito é decorrência.

Leia em meu blog (Rua para as Pessoas) onde eu falo do Rio de Janeiro se fosse administrado pelos paulistanos.

A praia de Copacabana seria asfaltada, a garota de Ipanema estaria dentro de um Tucson, falando ao celular, atropelando e o acesso dos banhistas ao mar seria proibido pela CET pois "onde já se viu pedestres quererem atravessar a "praia dos carros" para chegar ao mar!

Beijos, parabéns pelo blog

Renata Falzoni