domingo, 31 de maio de 2009

Largo do Machado - Parque dois irmãos

De bike-leblon-31-05-09

Hoje foi dia de passeio carioca. Às 15h saímos do Largo do Machado rumo ao Parque dois Irmãos no finzinho do Leblon junto à Av. Niemeyer. Eu, Pat e mais três intrépidas amigas (os homens andam furando.. rs...). O caminho é tranquilo quase todo por ciclovias. Passamos pela praça São Salvador, na Rua Pinheiro Machado pegamos a ciclovia Tricolor, seguimos pela Rua Muniz Barreto, Rua Nelson Mandela, Rua Prof. Álvaro Rodrigues, Rua Mena Barreto (ciclovia de botafogo). Nesta ciclovia, que já foi tema de post aqui no blog, encontramos inúmeros problemas inclusive um posto de Valet Park do restaurante Tanaka. Fotografamos o flagrante:
De bike-leblon-31-05-09

No humaitá pegamos a ciclovia que vai sair na Lagoa. De lá fomos até o Clube de Regatas do Flamengo onde pegamos a Ciclovia Rubro-negra que vai até a rua do Visconde de Albuquerque (canal do Leblon). Ali vamos quase até a praia e viramos à direita na Rua Gabriel Mufarrej e em seguida à esquerda na Rua Aperana. Este é o início da subida para o parque. A inclinação é razoável mas percurso é bem curtinho. Não marquei a quilometragem mas acho que não chega a 1km. Eu e minha mulher chegamos lá em cima pedalando, nossas amigas tiveram que empurrar um pouquinho, sendo que uma delas estava numa bicicleta sem marcha, o que dificulta bastante a subida.
Lá em cima o negócio é curtir o visual, descobrir os pequenos caminhos e comer jamelão que nesta época do ano está dando aos borbotões. Não fomos até o último nível (o terceiro) porque as meninas já estavam sem pernas pra subir mais. rs... Da próxima vez iremos até o fim!!!
Na volta fomos comer um Kone na Av. Ataulfo de Paiva, ali pertinho da Pizzaria Guanabara.
Programão. Não deixe de experimentar um dia.

Abaixo as fotos completas do passeio:
bike-leblon-31-05-09


Abaixo o Mapa do percurso:


Visualizar Largo do Machado_Parque Dois Irmãos em um mapa maior

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Prefeitura cria comissão para estimular o uso de bicicletas

Publicado com data de ontem 28/05/2009 no O DIA ONLINE:

"Rio - Grupo de trabalho criado por decreto do Prefeito Eduardo Paes, publicado nesta terça-feira no Diário Oficial do Município, vai estudar e propor medidas para incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte e lazer. O decreto destaca a importância do uso das bicicletas como meio de transporte não poluente e de baixo custo para o usuário.

Coodernada por um servidor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), a comissão é formada por outros quatro representantes de órgãos da Prefeitura, das secretarias municipais de Urbanismo, de Obras e de Transportes, e ainda do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos.

Entre outros objetivos, caberá ao grupo de trabalho fazer levantamento da malha cicloviária no Município do Rio de Janeiro, com plano e estudo nessa área de modo contínuo e permanente. Deverão ser incluídas propostas ao Prefeito para intensificar a utilização da bicicleta."


Temos que achar um jeito de influir nesta comissão. Vou procurar o Zé Lobo do Transporte Ativo e saber se eles estão nesta comissão. Temos que tentar chamar a atenção para a ciclovia de botafogo. Quem sabe ela não é reformada? Se alguém tiver mais alguma solicitação poste aqui ou me mande um e-mail. Vamos fazer uma lista de reivindicações.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Novas ciclofaixas em Copacabana

Sensacional! Que bom ver que a atual prefeitura, apesar das apreensões de bicicletas, está comprometida com o incentivo ao transporte cicloviário. E de maneira inteligente. Vejam esta matéria que saiu hoje no jornal O Globo:

"RIO - Com o objetivo de incentivar o uso das bicicletas públicas do projeto Pedala Rio por moradores e visitantes de Copacabana, a prefeitura baixará,em junho, o limite de velocidade das ruas Duvivier, Rodolfo Dantas e Ministro Viveiros de Castro. Outra medida será a instalação de uma ciclofaixa (segregada com tachões) na Rua Figueiredo Magalhães. Ainda visando a estimular os deslocamentos entre a avenida Atlântica e as estações Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos e Cantagalo do metrô, onde ficam as seis bases de aluguel de bicicletas, a prefeitura ampliará, numa terceira etapa, o projeto para a Rua Xavier da Silveira e a Avenida Henrique Dodsworth. Neste caso, ainda está em estudo a melhor opção a ser usada (se ciclofaixa ou alteração do limite de velocidade). As primeiras vias que sofrerão mudanças, logo no início do mês que vem,serão as ruas Rodolfo Dantas, Duvivier e Ministro Viveiros de Castro. Elas terão a velocidade limitada a 30 quilômetros por hora e serão transformadas em pistas compartilhadas por carros e bicicletas. Os ciclistas terão prioridade sobre os automóveis nessas ruas, dentro do projeto batizado de Zona 30.
Segundo o subsecretário de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, essas ruas, que são consideradas secundárias para o trânsito do bairro, ganharão sinalização horizontal e vertical especial. O Zona 30 será lançado juntamente com uma campanha de educação ambiental e para o trânsito. Agentes da CET-Rio e da Secretaria de Meio Ambiente serão distribuídos na região nos primeiros dias de implantação da iniciativa, para orientar os motoristas sobre como agir."

A construção de ciclofaixas é muito mais barata e racional do que a construção de ciclovias. Além de colaborar com a reeducação de todos, pedestres, motoristas e ciclistas. Parabéns ao prefeito e a seu secretário de meio-ambiente, ao Instituto Pereira Passos e aos amigos da Transporte Ativo por mais esta vitória.


terça-feira, 26 de maio de 2009

Estacionamento Santa Luzia

Para quem quer ir trabalhar no centro de bicicleta mas está encontrando dificuldades para estacionar aqui vai a dica: existe um estacionamento para carros na rua Santa Luzia que aceita bicicletas. É totalmente seguro com vigias, câmaras de segurança e bicicletário. Mas o melhor é que oferece um vestiário com chuveiro para os ciclistas que é totalmente gratuito. Você que sempre pensou em ir pro centro trabalhar de bicicleta agora já pode concretizar este sonho. Para te incentivar ainda mais aqui vão os links para uma rota segura de ida e volta do centro para a Cinelândia, cortesia do Zé Lobo presidente da ong Transporte Ativo:

- Copacabana - Centro pelas ruas

- Centro - Copacabana - pelas ruas

Em breve vou colocar aqui as dicas pra você pedalar com segurança pelas ruas do Rio. Aguarde!

domingo, 24 de maio de 2009

Questão de prioridade

Que o automóvel como meio de transporte nas grandes cidades é cada vez mais inviável não há a menor dúvida. Mas os defensores da cultura do automóvel ainda sonham com alguma saída possível pelo menos, quem sabe, criando um combustível mais limpo. O ar das grandes cidades está matando as pessoas e é um dos fatores mais decisivos (embora não seja o único) para o aquecimento global.
Na esteira deste pensamento o governo Lula transformou o programa do Biodiesel em sua menina dos olhos como se fosse a salvação da humanidade. Não é e nunca será. A devastação de floresta para expansão da fonteira agrícola, o aumento dos preços dos alimentos, entre outros fatores, condenam o uso do biodiesel e do etanol como saída para o problema ambiental que os carros causam. Sim, é importante pesquisar e desenvolver a maior quantidade possível de combustíveis alternativos. Porém, na quantidade que consumimos hoje, não há nem etanol nem biodiesel que deêm jeito.
Hoje (domingo), no jornal O Globo, a escritora americana Antonia Juhasz, autora do livro "A tirania do petróleo", responde desta forma à esta questão do biodiesel e do etanol:

Em lugar de elevar os combustíveis alternativos como o etanol, que, já se viu, substituem e elevam o preço de grãos vitais para a alimentação, eu recomendo reduzir o uso de todos os combustíveis e investir agressivamente em transporte público de massa, cidades mais adequadas a pedestres, ciclovias e sistema de energia verde.
Não sei quanto o estado gasta só na divulgação dos programas do etanol e do biodiesel mas não tenho dúvidas que é infinitamente mais do que toda verba que ele destina ao "Programa brasileiro de mobilidade por bicicleta", do Ministério das Cidades. Aliás, eu sei que existe este programa do governo federal somente por causa da proposta do Senador Inácio Arruda (veja o post "IPI reduzido para bicicletas") mas somente eu, meus dois leitores e o Lula devem saber deste programa. Na verdade, acho que nem o Lula sabe deste programa. Você já viu alguma ação do governo federal em prol do transporte ativo? Você já viu alguma campanha na TV ou em qualquer outra mídia que incentive as bicicletas? Você já viu algum ministro ir de bicicleta pro trabalho, nem que fosse apenas uma vez? Nem o Lula. Nem o Minc.

Viva a bicicleta!

sábado, 23 de maio de 2009

A bikefobia

Certa vez vendo uma entrevista com Renata Falzoni, uma das grandes senão a maior incentivadora das bikes no Brasil, ouvi pela primeira vez o termo bikefobia. Não sei se ela criou a palavra ou ouviu de alguém mas o fato é que realmente existe a bikefobia.
Ela se caracteriza pela aversão à bicicleta. Esta aversão, que às vezes, chega às raias da intolerância, não é racional, não está fundamentada em algum trauma emocional da infância (pelo menos não na maioria dos casos) nem na perda de algum parente ou amigo atropelado por uma maldita bicicleta. Não. Ela existe única e exclusivamente por si só, e pronto.

No sábado eu e minha mulher fomos ao Espaço Unibanco de Cinema na praia de Botafogo. Era de noite, temperatura amena e moramos no Flamengo, que é bem pertinho. Claro, fomos de bike. Ao lado do cinema existe um estacionamento para automóveis que cobra R$ 5,00 das pessoas que guardam seus carros enquanto vão ao cinema ou à Casa & Vídeo que também é ali ao lado. Eu e minha mulher, de capacete, bem-vestidos (roupas comuns) e balzaquianos perguntamos se poderíamos estacionar as bicicletas ali pagando os R$5,00 cobrados para os carros. Tínhamos trancas e correntes o suficiente para deixar as bikes em total segurança e poderíamos amarrá-las em qualquer cantinho daquele estacionamento gigantesco, não precisavámos nem ocupar uma vaga de carros.
-Não pode senhor. Disse a simpática moça na cabine.
-Mas eu pago e deixo bem amarrada e segura...
-Não pode senhor. Repetiu com menos simpatia a moça da cabine.
-Mas...
Antes que eu dissesse mais alguma coisa a moça da cabine chamou um homem que estava a conversar com outro sujeito a coisa de uns 20 metros de distância. De lá mesmo o sujeito sacudiu os braços energicamente indicando um NÃO peremptório!

É a bikefobia.

Não importa se é um estacionamento, se eu sou uma pessoa de bem, se estou disposto a pagar, se estou com cadeados, nada importa. Nem mesmo o lucro do estacionamento que vai alugar uma vaga de carro sem utilizar o espaço de um carro. Nada importa: bicicleta NÃO!
É contra a bikefobia e que existe esse blog. Se algum dos meus dois leitores vivenciar situações assim por favor me conte que eu publico.
Viva a bicicleta!!!!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cachorro ciclista


Esse aí é o Pingo. Tá relaxadão na bike, com sua almofadinha confortável curtindo a paisagem enquanto seu dono bate um papo com a rapaziada do cachorro quente. Ele, o dono, me conta que o Pingo foi criado na bike e vai assim, segurão de si, até copacabana (estamos na Glória!).

Cachorro esperto e carbon free.

E o melhor é que quem pedala e faz força é o dono!

Au au!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pedal fraterno


Hoje é dia do Pedal do Silêncio, movimento em homenagem aos ciclistas que morrem todos os anos no trânsito selvagem das grandes cidades. Vá de camiseta branca ou com uma tarja preta no braço.
Não poderei comparecer pois estarei trabalhando neste horário. Mas fica aqui o meu desejo de um bom pedal a todos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Oficina ao ar livre!


Na ciclovia da praia de botafogo quase chegando na Urca está o seu Túlio e sua oficina. Para aquele quebra-galho como um pneu furado, corrente presa, enfim tudo o que você precisar consertar na sua bike será consertado no seu Túlio. O melhor mesmo é que ele funciona nos sábados, domingos e feriados.
Antigamente ele trazia sua cadeirinha suas ferramentas e seu manacial de cabos, pastilhas de freio, câmaras e pneus numa belina velha. A belina ainda está lá mas agora ele tem um ponto fixo. É que prefeitura gostou tanto da idéia dele que resolveu legalizá-lo e ainda forneceu um quiosque como vocês podem ver na foto. Tudo para o maior conforto do cliente e do seu Túlio.
É um salva-vidas para aqueles que resolveram sair de bike e se viram em apuros. Se você precisar procure o seu Túlio que ele resolve. Mas não deixe de pechinchar muito, ele às vezes cobra o preço do feriadão. Quem não chora, não mama!!!
Abração e boas pedaladas!

domingo, 17 de maio de 2009

Passeio pela Urca - Pista Cláudio Coutinho




Um belo passeio de bike que se pode fazer no Rio é pelo tradicional bairro da Urca. Neste post vai a primeira parte do passeio, uma visita a pista Cáudio Coutinho no costão do morro Pão de Açucar.
Quem sai da zona norte ou do centro pode ir pelo aterro do flamengo via ciclovia até o prédio da UFRJ na esquina da Av. Pasteur com Av. Venceslau Brás. Quem vem da Zona sul, da mesma forma chega por lá pegando a ciclovia que vem da orla. Na av. Pasteur siga no sentido dos carros pela direita e aproveite o trânsito tranquilo e com poucas linhas de ônibus. Aprecie a sequência de prédios interessantes pelo caminho com destaque para o prédio do Instituto Benjamim Constant.
Na Praça Gal. Tibúrcio junto à praia estacione sua bike com todo conforto nos bicicletários colocados à esquerda de quem está de frente para o mar. Estão em ótimas condições. Deixe sua bicicleta presa com cadeado e despreocupe-se. O local é área militar e a segurança é total.
Você não pode entrar de bike na pista Cláudio Coutinho, e nem precisava pois o trajeto é curto e muito tranquilo. A pista oferece várias opções de escalada para quem está começando e para quem quer desafios maiores. No fim da pista começa a trilha para escalar o paredão do pão de açucar.
Mas se você não curte escaladas, como eu, não se preocupe. A vista é linda e o lugar é bom para pescaria também. A flora é deslumbrante e o parque está sendo todo reflorestado. Há algumas pequenas trilhas pelo caminho tanto em direção ao mar quanto em direção ao morro. Aventure-se, você não vai se arrepender. Preocupação só se o mar estiver muito agitado, neesse caso o melhor é se contentar em explorar a floresta.
Uma destas trilhas percorrida em torno de 25min leva aos bondinhos no morro. Outra, curtíssima em direção ao mar leva você a um lindo local entre as pedras e banhado pelo mar.
Não deixe de experimentar! É grátis, gostoso e seguro. Bom para levar a criançada também.

Ah! Sim, O Bicicletista é tricolor de coração.

sábado, 16 de maio de 2009

Dicas de chuva

Dia chuvoso. Como passear de bike num dia assim? Quais cuidados tomar? Veja as dicas a seguir:

1. a pista está escorregadia portanto ande mais devagar e com mais cautela;
2. procure utilizar primeiro o freio traseiro pois é mais fácil controlar a bike escorregando com a roda traseira, se ela derrapa com a roda dianteira fica muito difícil manter o controle e você vai cair;
3. o uso de paralamas é essencial;
4. proteja da chuva seu tronco e suas coxas pois são estas as partes que mais molham;
5. na falta de um equipamento mais adequado use um saco plástico para proteger os pés e as canelas, tomando cuidado para que não escorreguem no pedal e não se enrolem na corrente;
6.proteger a cabeça com um capuz é recomendável mas cuidado com aqueles capuzes que tiram a sua visão lateral;
7.use o pisca-pisca e o farol;
8.evite correr para não suar muito pois como você está de capa tende a transpirar mais;
9.se levar mochila cubra-a com um saco plástico e coloque roupas e documentos dentro dela num saco plástico também;
10.se estacionar a bicicleta na chuva cubra o selim com um saco plástico;
11. se você está pegando a chuva na volta para casa ou é apenas um passeio, aproveite, tire a camisa e curta a chuva. No Rio não costuma fazer muito frio e como você estará pedalando vai se sentir confortável.


EXPERIMENTE!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pontualidade ciclística


Aqui vai um post tirado do blog Transporte Ativo que faz parte da ong de mesmo nome e que no Rio é a entidade que mais luta pelos direitos dos ciclistas.



"Os motivos para adotar a bicicleta como meio de transporte são os mais variados, no entanto um deles merece enorme destaque, a pontualidade. Mas esse conceito pode parecer um pouco misterioso para quem ainda não pedala.

A lógica no entanto é muito simples: um ciclista na cidade viaja a uma velocidade média de aproximadamente 15 km/h. Mais do que um dado científico, trata-se acima de tudo de uma comprovação empírica vivida por qualquer ciclista urbano no seu dia a dia.

A experiência cotidiana ensina de maneira definitiva que se um lugar está a 5 quilômetros de distância o ciclista vai precisar de 20 minutos para completar o trajeto sem pressa. Um semáforo fechado a mais ou a menos, a chuva ou o calor, tudo isso interfere pouco. As variações vão sempre cair dentro de uma margem de erro razoável.

O domínio quase que absoluto sobre as variáveis distância e tempo acabam por tornar o ciclista um ser humano capaz de ser mais pontual que a média dos habitantes da cidade. Com as facilidades trazidas pelos mapas disponíveis na internet um ciclista precisa apenas definir uma rota para saber a distância e depois fazer um cálculo matemático simples para aferir o tempo necessário para o deslocamento pretendido.

Com ou sem congestionamentos motorizados, durante as horas de pico, ou no meio da madrugada quem pedala vai sempre saber quanto tempo demora para ir do ponto A ao ponto B dentro da sua cidade. Com os problemas enfrentados rotineiramente por quem depende dos motores para se locomover na cidade, o ciclista urbano torna-se um pouco uma figura mítica. É capaz de prever quanto tempo irá demorar para se deslocar até mesmo na ultracongestionada São Paulo."

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pedalando à noite

Ontem saí do teatro onde estou em cartaz às terças e quartas. É no Shopping da Gávea. Fui de bicicleta e saí já por volta de 23h e 30min. Estreei meu farol novo da Cateye que realmente faz muita diferença. Ele tem uma luz bem potente e ilumina a frente e as laterais também. Isso quer dizer que quem um carro ao seu lado percebe a luz do farol.
Mas este post não é para fazer propaganda do farol e sim para falar das delícias de pedalar à noite.
Em primeiro lugar, desde que você esteja equipado com pisca traseiro, refletores espalhados pela bike(olhos-de-gato) e farol, os carros vão te ver antes e mais cedo do que durante o dia porque as ruas estão mais vazias. Pelo mesmo motivo os motoristas costumam estar menos estressados, e você pode ocupar uma faixa da rua com maior tranquilidade.
Claro que estamos falando de uma terça-feira. Nos sábados o movimento deve ser maior e acho que entra em campo o fator motorista alcoolizado. Mas não costumo pedalar nos sábado à noite. Pelo menos ainda não.
À noite, portanto, diminui o risco do fator trânsito. Por outro lado aumenta o risco do fator assalto. Para quem vive numa cidade grande e no Rio em particular este é um fator que nunca deve ser desprezado.
Durante à noite você deve a todo custo evitar andar na calçada e, por mais triste que pareça, nas ciclovias também. Claro que falo daquelas menos movimentadas mas acho que a partir de umas 22h a única ciclovia da zona sul mais ou menos segura é a da orla. As outras são muito arriscadas. Você na ciclovia ou na calçada é um alvo fácil de ser cercado.
Mas este assunto vai merecer uma sessão especial aqui no Blog.
Este post, que já vai ficando mais longo do que eu gostaria, é só para falar da delícia que é pedalar à noite nas ruas mais desertas desta cidade inigualável. Pedale à noite. É uma delícia!!!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pedal do Silêncio

Não vou poder estar lá porque estarei trabalhando. Mas aqui vai a divulgação e o desejo de um bom pedal.


Todos os anos, cerca de 1500 ciclistas morrem nas ruas e rodovias brasileiras. São mais de 3 ciclistas por dia, vítimas de um trânsito hostil, violento, dominado pelos veículos automotivos, mesmo sendo a bicicleta o meio de transporte mais sustentável já inventado, portanto merecedor de respeito e consideração.

O movimento, que teve sua primeira edição na cidade americana de Dallas em 16/05/2003, em homenagem ao ciclista de endurance Larry Schwartz, morto em um acidente com um ônibus meses antes, prevê um passeio silencioso por alguns quilômetros na cidade, com os ciclistas trajando uma camiseta branca e uma faixa preta em algum dos braços. A história e o propósito do evento estão em rideofsilence.org.

Essa será a 7ª edição do evento que acontece simultaneamente em diversas cidades do planeta. No Brasil, depois dos ciclistas de São Paulo e Belo Horizonte aderirem à causa, é a vez do Rio de Janeiro e pela primeira vez realizaremos esse evento pacífico.

Participe e abrace essa causa!!!

Use uma camiseta branca, uma tarja preta no braço e seu capacete!!!

Pedal do Silêncio - Rio de Janeiro
Data: 20 de maio de 2009
Horário: 19h (Concentração a partir das 18:30)
Local: Final da Praia do Leblon, na praça da CEADE (começo da Av. Niemeyer)
Trajeto: Praia do Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo, Flamengo, terminando no MAM, seguindo pela ciclovia.
Velocidade: Velocidade de passeio, atingindo no máximo 20km/h

7th RIDE OF SILENCE
DATE: May 20, 2009
TIME: 7:00 pm
WHERE: Hundreds of locations world wide
Join cyclists worldwide in a silent slow-paced ride (max. 12 mph/20 kph) in honor of those who have been injured or killed while cycling on public roadways.

Por um trânsito mais humano!!!

Site do evento

Informações:
Gledson Silva - (21) 9736-0773 - gbatsilvarj@hotmail.com

segunda-feira, 11 de maio de 2009

IPI reduzido para bicicletas entre outra coisas!

Palmas para o senador Inácio Arruda. Leiam a proposta abaixo tirada do site do senador:


O Senador Inácio Arruda apresentou projeto de lei que concede isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre bicicletas, suas partes e peças. A proposta também reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) incidentes sobre a importação e a receita bruta decorrente da venda desses produtos. O objetivo do projeto, além de democratizar o acesso às bicicletas, tem forte cunho social ao procurar estimular o uso desse meio de transporte eficaz e não-poluente.

Isso porque 7,4% dos deslocamentos - o que equivale a cerca de 15 milhões de viagens diárias - são feitos em bicicleta no Brasil, segundo números da Associação Nacional do Transporte Público (ANTP): “Na verdade, a bicicleta deveria ser o meio de locomoção preferencial para distâncias curtas, de até dez quilômetros, mas a cultura do uso do automóvel, que domina na maioria das cidades, impede que esse meio de transporte barato e saudável seja usado com mais freqüência”, afirma Inácio.

A matéria está na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, em decisão terminativa, onde poderá receber emendas por um período de cinco dias úteis, se aprovada, segue para ser analisada na Câmara de Deputados.

A desoneração tributária proposta pelo Senador poderá significar a redução de quase vinte por cento no preço final das bicicletas: “A pequena renúncia de receita que houver será totalmente compensada com a melhoria da qualidade de vida da população, com a agilidade nos deslocamentos urbanos e com a redução da necessidade das monstruosas obras viárias exigidas pelo aumento da frota de automóveis”, explica o Senador.

O Brasil é o 3° Maior Pólo de Produção de Bicicletas no Mundo (4,5%), ficando atrás da China (80%) e índia (10%), segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas Bicicletas e Similares. Em 2007, foram produzidas no Brasil 5,5 milhões de bicicletas, que atende a toda demanda nacional, sendo 50 % para o uso como transporte, 32 % destinado ao público infantil, 17 % como recreação e lazer e 1 % em esportes (competição): “Entre 2011 e 2012 é prevista a produção de 7 milhões de unidades de bicicletas no Brasil, número que pode crescer significativamente com as isenções propostas neste projeto”, argumenta Inácio. “Além de ampliar o mercado interno, poderemos aumentar nossa competitividade e buscar o imenso mercado mundial, já que hoje nossa produção atende apenas a demanda interna”, explica.

O Brasil possui hoje apenas 600 quilômetros de ciclovias. Esse número, efetivamente, é pequeno em relação à frota nacional, que supera 50 milhões de bicicletas, das quais, mais de 80% circulam nas regiões Nordeste e Sudeste. O Ministério das Cidades, por meio do Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta (Bicicleta Brasil), está incentivando o incremento do seu uso como transporte nas cidades, apoiando projetos integrados para incentivar transportes alternativos, para construção de ciclovias e a criação de faixas de pedestres e passarelas para a população que se desloca a pé. Há projetos, inclusive, prevendo o uso da bicicleta em redes integradas com ônibus e outros meios de transporte.

Estava na hora do assunto Bicicleta ser mais levado à sério. Se o governo Lula tem este programa de incentivo à mobilidade por bicicleta e o leva a sério então talvez apóie o projeto do Senador.

Quem quiser ler a íntegra do projeto basta seguir o link: http://www.inacio.com.br/comunicacao/noticias/06052009/6858/Inacio+quer+IPI+zero+para+bicicletas..html


Flamengo-Laranjeiras

Hoje foi o dia de sair do Flamengo onde moro e ir ao Cosme Velho. Fui fazer uma leitura (sou ator) de um conto do Machado de Assis que vai virar peça.
O trajeto do largo do Machado até o local da leitura, um casarão maravilhoso um pouco depois da subida do bondinho para o Corcovado, foi feito em incríveis 10 minutos. O percurso é de 2,9km na ida. Apesar de ser uma subida e ter um tráfego intenso, adoro pedalar na Rua das Laranjeiras. A subida é bem leve na maioria dos trechos e os carros não costumam correr muito até porque geralmente está engarrafado.
Mas hoje me surpreendi com o meu tempo. 10 minutos e sem grandes correrias.
De carro eu ficaria pelo menos uns 5 minutos só pra passar um pequeno trecho ali do Largo do Machado.

Em curtas distâncias o mais rápido é sempre A BICICLETA!!!!

Indiferença

Minha mulher estava de bike passando entre os carros quando uma mulher abriu a porta do carona de um taxi para desembarcar. Ela bateu na porta e rolou por cima do capô do carro ao lado. Graças a Deus ela sofreu apenas pequenas escoriações mas ainda caída no asfalto viu a mulher que abriu a porta simplesmente se afastar sem sequer perguntar se ela havia se machucado. O motorista do taxi fechou a porta e saiu. Apenas a dona do carro por cima do qual ela havia rolado saiu do veículo e veio ajudá-la. Ou seja, aquela que não tinha nada a ver com a história e que ainda teve seu capô levemente amassado foi quem se preocupou em oferecer ajuda.
Indiferença de uns e amor ao próximo de outro.

Trânsito loooouuuco...