Na esteira deste pensamento o governo Lula transformou o programa do Biodiesel em sua menina dos olhos como se fosse a salvação da humanidade. Não é e nunca será. A devastação de floresta para expansão da fonteira agrícola, o aumento dos preços dos alimentos, entre outros fatores, condenam o uso do biodiesel e do etanol como saída para o problema ambiental que os carros causam. Sim, é importante pesquisar e desenvolver a maior quantidade possível de combustíveis alternativos. Porém, na quantidade que consumimos hoje, não há nem etanol nem biodiesel que deêm jeito.
Hoje (domingo), no jornal O Globo, a escritora americana Antonia Juhasz, autora do livro "A tirania do petróleo", responde desta forma à esta questão do biodiesel e do etanol:
Em lugar de elevar os combustíveis alternativos como o etanol, que, já se viu, substituem e elevam o preço de grãos vitais para a alimentação, eu recomendo reduzir o uso de todos os combustíveis e investir agressivamente em transporte público de massa, cidades mais adequadas a pedestres, ciclovias e sistema de energia verde.Não sei quanto o estado gasta só na divulgação dos programas do etanol e do biodiesel mas não tenho dúvidas que é infinitamente mais do que toda verba que ele destina ao "Programa brasileiro de mobilidade por bicicleta", do Ministério das Cidades. Aliás, eu sei que existe este programa do governo federal somente por causa da proposta do Senador Inácio Arruda (veja o post "IPI reduzido para bicicletas") mas somente eu, meus dois leitores e o Lula devem saber deste programa. Na verdade, acho que nem o Lula sabe deste programa. Você já viu alguma ação do governo federal em prol do transporte ativo? Você já viu alguma campanha na TV ou em qualquer outra mídia que incentive as bicicletas? Você já viu algum ministro ir de bicicleta pro trabalho, nem que fosse apenas uma vez? Nem o Lula. Nem o Minc.
Viva a bicicleta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário